Escritor, jornalista e deputado federal do Rio, nasceu em Juiz de Fora (MG) e tornou-se “carioca” em 1963. Tem duas filhas. Foi redator do Jornal do Brasil, período em que seu estilo era reconhecido até nos bilhetes que escrevia.
Em 1986, pelo PV, candidatou-se ao governo do estado em coligação com o PT. Sua campanha já abordava temas como qualidade de vida, desenvolvimento sustentável, liberdades individuais e coletivas, direitos das minorias e democratização das comunicações. Seus comícios e passeatas ganharam cores variadas e altas performances, uma novidade para a época. Em 1994, foi eleito deputado federal pelo PV; e em 1998, reeleito. Em 2002 trocou o PV pelo PT, sendo novamente eleito. Porém, acabou deixando mais uma vez o partido, e durante algum tempo exerceu seu mandato sem legenda. Em 2005, na Câmara dos Deputados, Gabeira chamou o então Presidente da Casa, Severino Cavalcanti de "vergonha para o país", e ameaçou começar um movimento para derrubá-lo caso continuasse a apoiar, em nome do Congresso, empresas que utilizam trabalho escravo. Também participou da CPI das Sanguessugas, em 2006, como um dos sub-relatores. Nesse ano, filiado novamente ao PV, concorreu à reeleição e foi um dos deputados federais mais votados do Rio de Janeiro.
Suas propostas de governo:
Gabeira não deixou nada muito claro quanto ao que pretende fazer: diz que pretende realizar seus planos de governo através de parceria Governos Federal/Governo Estadual/iniciativa privada, mas que o Rio de Janeiro precisa, além das parcerias, de uma liderança firme que torne a Cidade próspera e competitiva. Falou até em "choque de capitalismo" (algo assim como a iniciativa privada investir na revitalização da Cidade em troca de algumas concessões), mas diante de um tema tão vasto e polêmico, acabou desconversando. Resumindo:
A) Segurança:
- Melhorias nos serviços e condições das estações de metrô e trens;
- Renovação da frota de ônibus (leia-se reestruturação do atual sistema, com novas licitações de empresas), incluindo as linhas intermunicipais, exclusivamente com veículos aprovados segundo as normas técnicas da ABNT;
- Vans de porta a porta para pessoas com deficiência que precisem de tratamento médico, reabilitação ou acesso à educação;
D) Saúde:
- Responsabilização direta dos envolvidos pelo atendimento em hospitais públicos nos setores de emergência, reabilitação e tratamento ambulatorial, com equipamentos e remédios subsidiados;
- Apoio às instituições ligadas aos portadores de deficiência (também nas áreas de Educação e Reabilitação) com atenção especial à ABBR, resgatando sua condição de referência nacional no atendimento ao grande lesado;
- Programa de capacitação de professores e funcionários para atendimento ao portador de deficiência;
- Obras e substituições de equipamentos e mobiliários necessários à acessibilidade nas escolas da rede municipal;
- Ampliação do sistema de transporte escolar porta a porta, exclusivo para estudantes com deficiência, nas áreas de atendimento de cada escola e convênios com instituições como INES, Instituto Benjamin Constant etc., para a complementação da educação necessária;
- Estímulo à implantação de cursos profissionalizantes por meio de convênios com instituições especializadas e empresas privadas; criação de cursos na UERJ, voltados para a temática da pessoa com deficiência, e de bolsa de estudo para estudantes universitários com deficiência carentes.
F) Trabalho:
- Estímulo às empresas, através de renúncia fiscal ou outro instrumento, para criação e manutenção de cursos profissionalizantes nas suas dependências, com pagamento de pro labore aos alunos, programa de seleção, encaminhamento e empregabilidade da mão-de-obra formada.
- Abertura de centros para-olímpicos, de reabilitação e educação, integrando a rede escolar, e capacitação dos profissionais de educação física para atendimento aos portadores de deficiência.
- Viabilização da acessibilidade dos portadores de deficiência a locais de turismo, lazer e entretenimento por meio com CREA-RJ, Sinduscon e Ministério Público.
INFORMAÇÕES RELACIONADAS:
Gabeira é conhecido por suas atitudes inusitadas e polêmicas. Já virou assunto por desfilar pela Praia de Ipanema com uma tanguinha de crochê. Defende a profissionalização da prostituição e a descriminalização da maconha. Dizem as más línguas que foi expulso do PT em 1985 por oferecer um “tapinha” ao então presidente da Câmara dos Deputados e "cacique" do PMDB Ulysses Guimarães. Em 1998, declarou que não fuma mais a droga no Brasil em respeito à lei. Lançou um livro a respeito: "A Maconha", da coleção "Fohla Explica" da "Publifolha", no qual discute, entre outras coisas, o papel social que a planta desempenhou na escravidão, seu uso em rituais religiosos na selva amazônica .
O Escândalo dos Sanguessugas - esquema de fraudes em licitações na área de saúde. De acordo com a Polícia Federal, que deflagrou a "Operação Sanguessuga" em 4 de maio de 2006, a quadrilha negociava com assessores parlamentares a liberação de emendas individuais ao Orçamento da União para municípios específicos. Com recursos garantidos, o grupo - que mantinha um integrante ocupando cargo no Ministério da Saúde - manipulava a licitação e fraudava a concorrência valendo-se de empresas de fachada. Dessa maneira, os preços da licitação eram superfaturados, chegando a ser até 120% superiores aos valores de mercado. O "lucro" era distribuído entre os participantes do esquema. Dezenas de deputados foram acusados.
Gabeira lançou sua pré-candidatura à Prefeitura no mesmo ano em que pediu à União que considere seu tempo de exílio para efeito de aposentadoria. Devido à repercussão negativa, ele acabou por retirar o pedido, alegando que o Governo Federal estaria usando o fato para tentar prejudicar politicamente sua imagem. Também há denúncias sobre o uso de sobra de recursos de sua campanha – um total de R$ 200.000,00 – para o pagamento de seu website, cuja empresa pertenceria à própria esposa de Gabeira.
Caso alguém queira conhecer as suas proposições como Deputado:
http://www.camara.gov.br/sileg/Prop_lista.asp?Autor=522340&Limite=N
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