sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Por que o litro de leite está tão caro?

Pessoa, já viu como o litro de leite está pela hora da morte?
Eu, que sou movida a leite, já ando tendo crises de abstinência. E fiquei espentadíssima, como acho que você vai ficar também, quando soube que a causa disso tudo é o milho lá nos Estados Unidos. Já pensou, que loucura?
O que ocorre é mais ou menos o seguinte: a ameaça de escassez de petróleo e essa onda de combustível limpo - sabe como é, a camada de ozônio e outras coisas - está levando diversos Países a correr atrás de uma alternativa ecologicamente correta. Aqui no Brasil, temos basicamente o biocombustível à base de cana; lá nos EUA, é a base do milho.
Mas só que o milho da casa do Tio Sam também é base de preparo para quase todo tipo de ração dada aos animais de abate, como o frango e a vaca. Epa! Vaca?
Olha só a danada da vaca já entrando na história. Os produtores do milho norte-americano estão começando a enxergar um novo filão para seus lucros. Na opinião deles, o bom agora é plantar milho para gerar combustível. Assim, o milho some do mercado. Qual é a lógica do capitalismo? milho que sobra mais caro + a vaca que come milho mais caro = repasse para o consumidor. E o preço de leite por lá fica mais caro.
O Tio Sam resolve, então, que com está não pode ficar. Estimula a concorrência interna para forçar a queda de preços (o tal do livre mercado, já ouviu falar?) e começa a importar leite. O Brasil diz: oba! E manda leite adoidado para os caras, pois afinal estão enxergando um novo filão para seus lucros. Sabe como é, pessoa: começa a faltar leite por aqui, e o leite fica mais caro.
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Você já deve ter lido ou ouvido que alguns líderes sul-americanos (como Hugo Chávez, e Néstor Kirchner, respectivamente os presidentes da Venezuela e da Argentina) já manifestaram receio quanto a esse negócio de biocombustível. O medo deles, que eu considero muito bem fundamentado, é de que falte (mais) comida na mesa das pessoas. A fome já existe no Mundo, e pode piorar. Espero mesmo que esses governantes tenham traçado uma estratégia digna para evitar essa verdadeira desgraça.

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